Redação
Palmas – Os Comitês de Bacia Hidrográfica (CBH) do Tocantins somaram, nesta sexta-feira (14/10), a coleta de 3,943 toneladas de sementes, brutas e beneficiadas, que reúne 72 espécies do bioma Cerrado, destinadas ao cultivo de mudas nos viveiros dos Centros de Referência em Conservação da Natureza e Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD) de Gurupi, Araguatins, Natividade e Palmas.
O Governo do Estado registra o resultado no balanço parcial elaborado pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que soma a coleta de sementes dos cinco Comitês de Bacia, no 2º semestre deste ano, que inclui o CBH dos Rios Lontra e Corda, CBH do Lago de Palmas, CBH do Rio Formoso, CBH Manuel Alves da Natividade e o CBH dos Rios Santo Antônio e Santa Tereza.
A secretária Miyuki Hyashida comemora o resultado que é reflexo da atuação dos Comitês de Bacia, com apoio da Semarh, parceria dos municípios, cooperação do Instituto Ibramar e envolvimento da população local e destaca que este trabalho vai contribuir para a recuperação de nascentes. Miyuki Hyashida lembrou que a estimativa de produção nos viveiros dos CRADs, em 2023, é de 500 mil mudas, que serão plantadas em matas ciliares para redução do passivo de vegetação suprimida às margens de corpos hídricos do Tocantins.
O diretor de Planejamento e Gestão dos Recursos Hídricos, Aldo Azevedo, pontuou que o trabalho de recuperação de nascentes se divide em etapas, desde a coleta, beneficiamento e cultivo de sementes para produção de mudas de espécies do bioma Cerrado à distribuição e plantio nos trechos impactados. O diretor reiterou que, conforme a demanda local, os ciclos de produção de mudas nos CRADs vão atender a recuperação de nascentes, matas ciliares, Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reservas Legais (RL) em diferentes regiões do Estado.
A gerente de Gestão de Recursos Hídricos, Gorete Cordeiro, salientou que além da participação na coleta de sementes e produção de mudas de espécies do Cerrado, os Comitês desenvolvem também outras iniciativas, como ações de sensibilização ambiental e capacitação de membros, técnicos e professores das redes municipal e estadual. Gorete Cordeiro citou ainda projetos para capacitação de alunos ao cultivo de mudas de espécies do Cerrado em viveiros, além da demonstração prática da medição de parâmetros da quantidade e qualidade da água, bem como as reuniões itinerantes, seguidas de visitas técnicas a empreendimentos de grandes usuários de água que fazem parte do Comitê.
A recuperação da vegetação suprimida pode ocorrer ou não, com a germinação natural das sementes dispersas no local. O plantio de mudas é um método alternativo, que busca assegurar o retorno das espécies do Cerrado, para a recuperação de nascentes no trecho impactado, seja com adensamento, enriquecimento ou plantio total da área.
Diversidade de espécies
Entre as sementes coletadas existem espécies frutíferas, ornamentais e madeireiras do bioma Cerrado no Estado. A diversidade de sementes encontrada nas campanhas de coleta reúne 72 espécies, como aroeira, angelim, mirindiba, crioli, angico, axixá, baru, ipê, tamboril, tingui, fava de bolota, ingá, cagaita, jenipapo, sucupira, gonçalo alves, pequi, cachimbeiro, jatobá, caraíba, mutamba, entre outras.
No estado existem cerca de 174 mil km2 de área preservada e 50 unidades de conservação (UCs) entre federal, estadual e municipal, em 43,5 mil Km², sendo (21) Área de Proteção Ambiental – APA, (11) Reserva Particular do Patrimônio Natural – RPPN, (01) Reserva Extrativista, (13) Parques, (01) Estação Ecológica e (03) Monumentos Naturais.
Deixe o Seu Comentário