Roberta Rodrigues
Tocantins – As festas de fim de ano já começaram, e no mês de dezembro também tem as férias e recessos de Natal e Ano Novo, por isso é observado um aumento na procura por atividades de lazer em rios e piscinas, o que aumenta os riscos e consequentemente os casos de afogamentos no Estado. Por isso, o Corpo de Bombeiros tem alertado a população para a segurança nesse período.
Em 2021 foram registrados 77 afogamentos fatais e dezembro foi um dos meses com mais casos, com 10 ocorrências, mesmo número registrado em agosto e seguido por abril com 9 casos. Já em 2022, o levantamento parcial registra 67 afogamentos fatais, sendo dois em dezembro, que vitimaram duas crianças.
“É importante evidenciarmos que desses 67 afogamentos fatais deste ano, a grande maioria poderia ter sido evitado com simples ações de prevenção e prudência”, alerta o comandante do 1° Batalhão de Bombeiros, major Antonio Luiz Soares.
O major orienta a população sobre as ações preventivas como: não sair para nadar após consumo de bebida alcoólica ou alimento de difícil digestão; não trafegar em embarcações sem utilizar colete salva-vidas; não deixar crianças tomando banho distante dos responsáveis; e não se aventurar em travessias a nado ou saltar de elevações para água.
“Os afogamentos acontecem principalmente porque a pessoa superestima sua capacidade e resolve testar seus limites na água, ou ainda, por não saber como agir diante de uma situação de risco, portanto, é muito importante que o banhista conheça as regras de prevenção contra afogamentos e se previna”, ressalta Antonio Soares.
Durante uma situação de afogamento alguém sem o devido treinamento não deve adentrar a água para tentar salvar, um guarda-vidas deve ser chamado imediatamente. Caso o local não tenha um profissional, a orientação segundo o major é que um objeto flutuante seja lançado para vítima, como uma boia, uma caixa térmica vazia, ou qualquer outro objeto que boie, pode também tentar estender uma galhada comprida ou utilizar uma corda para tentar puxar a pessoa.
“Esses recursos são muito válidos, pois 43% dos afogamentos ocorrem a menos de 5 metros da margem”, detalha.
Conforme ressaltado pelo major Antonio Soares e confirmado pelos números demonstrados no levantamento do Corpo de Bombeiros, ações simples de prevenção e prudência podem evitar tragédias. Em 2022, 41% dos casos registrados envolviam pessoas alcoolizadas e 12% crianças menores de 12 anos, ambas situações que podem e devem ser evitadas.
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